Nunca desistir...

Nunca desistir...
nao desistas, nunca!

Tuesday, July 31, 2007

O Roubo...

Tu aí! Sim, tu! Roubaste-me o coração e deixaste-me uma pedra fria, sombria no lugar dele; crueldade esta, porquê? Porque o fizeste? Roubaste-me a alma e levaste-a para os confins do Inferno, abandonaste-me sem piedade lá, satisfeito?
Conseguiste acabar com os meus sonhos, fizeste de mim uma pessoa de ideias vagas, fria, cautelosa, cheia de medo; Consegues sentir? Consegues ver, pela minha transparência, os meus sentimentos a divagarem? Tornei-me uma pessoa oca e infeliz.
O que fizeste de mim? Tornaste todas as minhas qualidades nos meus piores defeitos, lançaste-me o reflexo de uma pessoa desinteressante, solitária, reles; Eu? Sim era a minha imagem reflectida, era eu, como é possível? Como pude eu ter ficado assim? Não te perdoou teres-me trancado nesta cave tão escura, logo eu, sabias perfeitamente da minha claustrofobia e mesmo assim prendeste-me na cave mais sombria, mais pequena, quase não me consigo mexer.
Gritar? Não vale a pena ninguém me consegue ouvir. Lá fora ouço os suspiros, as risadas, os beijos, as passadas que escondem segredos que não matam, mas doiem, sofrimentos profundos, mas tudo parece desaparecer e de repente o silêncio paira, deixei de ouvir uma mosca sequer.
Roubaste todo o meu ser e ainda conseguiste apagar-me do mundo? Ninguém dá por mim aqui e sabes porquê? Porque o teu egoísmo e inveja acabaram por fazer-te roubar o meu brilho que te cegava, aquele meu brilho que toda a gente apreciava, o sorriso que me pertencia que contagiava toda a gente à minha volta, hoje pertence ao teu rosto e no que resta do meu rosto são apenas pequenas precipitações salgadas como se de uma cave oceanica se tratasse, acertei? Talvez não estivesses contente em me prender e então decidiste afastar-me de tudo, transportaste-me para uma ilha, esta é deserta, onde o sol nunca nasce e onde a chuva já não cai.
Com isto, porque ainda não vi aquela 'luz' que toda a gente fala? Eu não quero acreditar que até o meu lugarzinho, num sitío calmo, tranquilo, onde iria ter a paz merecida, me tiraste. Porque me fazes teu escravo? Porque não me libertas? Não quero ser mais uma alma penada perdida como tantas outras, quero encontrar a luz, quero partir.

Ajuda-me quem quer que sejas.

(Nao postarei nenhuma pergunta, acho que é um dos meus melhores textos, comentem-nos, se sentirem a emoção com que o escrevi, estarei satisfeito.)


Beijos e abraços

Sejam Felizes.

"Por mais que doa a vida, nunca se perca a esperança" este foi o lema do meu espectaculo.. e espero que seja o vosso.

Tiago Marques